sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

A propósito...


A propósito de o tema estar novamente em voga, e que a polémica e as dúvidas não desapareceram após tanto tempo e o esclarecimento não surge de lado nenhum, veio o meu post anterior "Na altura de criar, eu errei!".
Felizmente, nada me identifica com esta letra e em nada poderá um dia significar algo dentro de mim. Quem me conhece, e não é preciso conhecer-me há anos, sabe que o meu sonho, o meu grande Sonho é ser mãe! Há dias em que o meu coração aperta só de tanto o desejar. Mas, e como sempre defendi, um sonho e o facto de vibrar imenso com ele e com o momento em que o concretizar não implica e, muito menos, quer dizer, que o queira real neste preciso momento. Necessárias são a estabilidade financeira, económica, pessoal, emocional, etc. Estabilidade, aqui, equiparo a "equilibrio". Uma criança necessita de equilibrio!
Quando ouço, e agora tão frequentemente, o assunto da despenalização do aborto e todas as discussões que dele suscitam, tento colocar-me no lugar em que estou e num lugar mais desesperado. E em ambos, grávida!
Não conseguia sequer colocar a questão de não ver, não sentir, não acompanhar, não abraçar, não muita coisa que faz parte de todo um desenvolvimento, de toda uma vida de um filho. A outra hipótese seria... não sonhar? Seria... viver para sempre com memórias não vividas, que não fazem parte do passado nem do futuro?
Esta é uma opinião pessoal que só a cada um diz respeito. Sim, a cada um e não a cada uma. Um filho não se faz sozinho, e não é por ser a mulher o local onde é concebida e transportada a criança, que o pai fica de lado. Existem pais, e eu conheço :), que fizeram tudo para que as namoradas tivessem o filho que, afinal, era deles. A decisão não é da mãe, é dos pais. Dentro da barriga da mãe ou fora dela, a criança é igualmente dos dois. Por isso, não concordo com a despenalização da mulher.
Existem casos em que o pai não quer saber e até, a melhor hipótese para ele, é o aborto. Aí, a mãe tem de ser mais forte. Ninguém pede para nascer, nenhum de nós o fez, mas não estariamos aqui se alguém tivesse ponderado o nosso nascimento.
O meu sonho é ser mãe, gerar um filho meu, mas também o é noutra prespectiva maior. Um desafio bastante grande o da adopção, mas um desafio tão gratificante pela humildade e gratidão da criança adoptada. Para mim, é o Amor que tenho dentro de mim que chega a doer para poder ser dedicado, entregue, atribuído...
Sejam responsáveis, pensem no futuro que pode ser muito próximo. Existe tanta informação, tanto conhecimento por aí espalhado... Hoje em dia, só engravida quem quer! E se não querem, pelo menos agora, não arrisquem o momento em que o puro egoísmo saltará na decisão de quem não se pode defender!
Sublinho, esta é a minha opinião. Não deixo de respeitar as opiniões contrárias.

1 comentário:

Anónimo disse...

pegando nessa deixa, só me ocorre partilhar o que ouvi um dia alguém dizer: perante uma questão numa prova de ciências sobre os métodos contraceptivos, e em que pedia que inumerassem alguns, depois de surgirem os mais fáceis, mais falados no dia a dia e faltando ainda um, eis que alguém que conheço escreveu: "não fazer sexo!"... ora aí está... para quem conseguir, garante-se a 99,9% a eficácia deste método... ñ são os 100%, pq se conhece um caso em q estranhamente tal ñ foi eficaz, o célebre caso de Maria, que mudou o mundo... diz-se que foi coisa do Espirito Santo. fiquem bem, especialmente tu, proprietária do blog! ;o) bjs