quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Amor é Leve e Eterno...


“É muito difícil amar desapegadamente, sem esperar retorno”.

É muito nobre amar alguém. Amando, elevamo-nos e tornamos outra pessoa feliz.
No entanto, se o nosso amor for acompanhado do apego, ele vai fazer-nos sofrer.
O apego faz-nos tolher o outro, desejando submetê-lo à nossa vontade.
Se amarrarmos, ainda que mentalmente, a outra pessoa, desejando que ela seja da forma que queremos, ela acabará por nos “escapar”.
Ainda que não nos “escape” literalmente, ela poderá começar a evitar-nos, a sair ou a voltar tarde, porque em casa não se sente a vontade.
A pessoa que possui amor-apego, não consegue receber a outra pessoa com alegria expontânea, sem restrições.
Mas aquela que possui o amor-despreendido, recebe a outra pessoa sempre carinhosamente, alegremente, com felicidade.
A pessoa que nutre o amor-apego, sente-se insegura, angustiada, insatisfeita e permanentemente receosa de perder a outra pessoa.
É por isso que é tão importante deixarmos o sentimento de apego.
Isto não significa tornarmo-nos indiferentes. Significa ter o amor que doa, o amor despreendido, o que é muito diferente.
É muito difícil amar desapegadamente, sem esperar retorno. Levamos, às vezes, a vida inteira para aprender o que é o amor sublime.
Portanto, não se desespere pelo fato de haver apego em sua mente. Não deve porém, resignar-se com isso.

S. Taniguchi

sábado, 1 de dezembro de 2007

Diário da Nossa Paixão


"A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem.Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes destas,e em cada uma nos tenhamos reencontrado.E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos.

Isto significa que esta despedida é,ao mesmo tempo,um adeus pelos últimos 10.000 anos e um prelúdio ao que virá. quando olho para ti vejo a tua beleza e graça,e sei que cresceram mais fortes em cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura.Não de alguém como tu,mas de ti porque a tua alma e a minha tem que andar sempre juntas.

E assim,por uma razão que nenhum de nós entende,fomos obrigados a dizer adeus um ao outro. Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós,e prometo fazer tudo o que poder para garantir que assim será.

Mas se nunca nos voltarmos a encontrar e se isto for verdadeiramente um adeus,sei que nos veremos ainda noutra vida.Iremos encontrar-nos de novo,e talvez as estrelas tenham mudado,e nós não apenas nos amemos nesse tempo,mas por todos os tempos que tivemos antes. (...)


Volta.Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas.

Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta. Volta."

Nicholas Sparks in Diário da Nossa Paixão