terça-feira, 23 de setembro de 2008

Portugal...





Pega-se em metade do oceano

E juntam-se-lhe terras desconhecidas;

Deixa-se marinar alguns anos

E tapa-se com um manto de neblina.

Lavam-se as saudades em lágrimas

E põe-se a memória em banho-maria

Para voltar a usar um dia.

À parte coloca-se o fado bem apurado,

O futebol bem jogado

E um ou outro pregão das entranhas gritado;

Desfaz-se a língua em poemas, odes e cantigas

Ou então canta-se a desgarrada, rima improvisada .

Numa grande forma de barro escalda-se o Algarve e o Alentejo

Salgam-se as beiras e desfaz-se em água o Douro e o Ribatejo.

Para terminar, abanam-se as oliveiras com sabedoria ancestral,

Rega-se tudo com um fio dourado

E serve-se assim Portugal como prato principal!