quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Após 10 anos...


Hoje, enquanto arrumava a papelada do meu quarto e a colocava em caixotes para arquivar, fui prestando atenção a certas coisas que me passavam pelas mãos: testes, cadernos da primária, posters, cromos, e muitas folhas escritas por mim. Entre esses muitos escritos, alguns surpreenderam-me de uma maneira muito espontânea. De tal forma que seleccionei um, do ano de 1996, em que tinha 13 anos e que, à mão, com uma letra tentada a ser perfeita e redondinha, dizia assim:

"Costumo dizer que, sem a música não há vida. Acordo com o meu rádio-despertador e são os primeiros tons que entram na minha mente que não escapam para o resto do dia. Fazer da vida uma nova música. Como na vida também na música se detecta existência de altos e baixos, de tristezas e alegrias, depressões e euforias. Há certos instrumentos que sobressaem na melodia como há certas pessoas que sobressaem na nossa vida. Todos os instrumentos de uma orquestra são importantes para a música como as pessoas para a nossa vida. Nós somos o maestro. Dirigimos a nossa vida mas sem as pessoas não teríamos nada para dirigir. Nós não estamos sozinhos na vida, embora existam momentos pontuais em que nos parece. Mas temos de pensar que há outra pessoa, bem perto ou mais longe, a relembrar-nos como seres que somos.
A música tem muito efeito nos nossos sentimentos e nos seus movimentos positivos e negativos; efeitos na nossa maneira de agir e estar. Quando ouço algo alegre não me sinto com vontade de chorar mas se, ocasionalmente, estou triste, não consigo ouvir algo mexido. A música clássica será o melhor exemplo de conseguirmos ver transparecer a alma de alguém. Cada composição é uma história e dependendo da nossa, vamos escolhê-la para ouvir.
Nós estamos dependentes do som. Todo o nosso dia-a-dia é composto por sons. Mas ao pensar nos que não ouvem, sinto uma solidão enorme. Como será viver vendo as pessoas a falarem e não perceber nem ouví-las. Não reagir aos sons. Viver num mundo de silêncio, onde a música não predomina não é fácil visto pelos meus olhos. Mas "Deus quando fecha uma porta abre sempre uma janela". Beethoven, mesmo sendo surdo, compôs músicas belas e com sentimento. Mesmo não ouvindo a sua música, Beethoven sentia o que compunha, porque as primeiras notas não vinham do piano mas sim do seu coração.
Por isso, penso em viver com a melodia dos meus sentimentos. Acredito que vou compor uma linda música: a minha vida!"

No fim desta leitura, senti-me invadida por uma inocência, uma ternura fantástica. Voltar ao presente e observar que tudo isto, após 10 anos muito ricos em mudanças e sentimentos, permaneceu como valor primeiro. Até hoje, a minha vida é pautada, equilibrada mas proritariamente, segundo os meus sentimentos.
É bom saber que qualquer dor que tenha passado pelo meu coração não lhe retirou nenhum pedaço puro do sentir...
Se pudesse, aqui, elogiar todos aqueles que passaram e os que ficaram na minha vida, mas não é possível. Só vendo o meu sorriso, só ouvindo a minha gargalhada, só sentindo a força que habita em mim! Desde a ama, desde o Colégio, a Universidade, o trabalho até aos meus Amores que vivem comigo, no meu coração! Todos sabem quem são!
Todos os dias têm um sabor diferente, têm um som diferente, graças a vocês que fazem da minha vida a mais bela melodia de sempre!



sábado, 18 de novembro de 2006

A minha borboleta...




Certa Manhã
Destas Manhãs Cheias De Luz
Por Entre As Rosas Do Meu Jardim
Eu Vi Passar
Uma Gentil Borboleta
De Asas Azuis
E o Seu Vôo Incerto
Me Fez Pensar...


Era Uma Vez Uma Menininha,
Uma Princesinha, Querendo Voar
Ela Misturou o Céu Em Sonho e Fantasia
Ela Imaginou Que Se Transformaria Em Borboleta
Viajaria O Mundo e Não Se Cansaria e Pousaria Aonde Houvesse Alegria
E Ela Ganhou Asas Pra Longe, Ela Voou, Foi Colorindo Tudo Onde Passou...

Voa Minha Linda Borboleta
Voa Procurando a Ilusão
Voa Viajando Na Terra Da Fantasia
Sonhando Com Fadas e Varinhas De Condão

Voa Pois a Vida é Tão Boa
Quando Se Tem
Um Amor no Coração!

Amo-te Mia Borboleta! És o meu raio de Sol, és a minha gotinha de orvalho, a minha inocência e um pedaço do meu sorrir!

(Dedicado à minha Bá, Bárbara Gonçalves)


quinta-feira, 16 de novembro de 2006

É isso aí...



«"É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar
É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade
É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores
Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar..."
... e sorrir... »

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Quando falar se torna desnecessário...

Quando qualquer palavra se torna tão pequenina perante os nossos olhos, perante o Mar, de frente com tanto tempo e tanto momento... Inexplicável...






"Eu tenho tanto para lhe falar

Mas com palavras nao sei dizer

E não há nada para comparar

Para poder me explicar...

Nem mesmo o céu, nem as estrelas,

Nem mesmo o mar e o infinito...

Nada é maior e mais bonito!"

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

De Volta a Casa



De novo, voltei a casa... Aquele calor, aquele aconchego, aquela cumplicidade... Voltei para onde nunca devia ter saído. E aos poucos, tudo volta ao especial. As peças juntam-se como se nunca tivessem sido separadas. Aquele olhar voltou a acontecer e a magia sacudiu-se em nós como uma chuva torrencial.

Porque nada acontece por acaso, porque tudo na vida tem um propósito. O tempo!! Aquele amigo que me conduziu até casa e que te trouxe até mim, novamente...
Sorrio novamente com o coração cheio!!
Sinto-me bem... Sinto-me feliz...