terça-feira, 8 de março de 2011

O meu lugar é na areia...




Já diria o nosso Fernando Pessoa "Tudo vale a pena quando a alma não é pequena"... E se, um dia, perguntamo-nos se, realmente, vale a pena?
Será que não passa a ser inércia quando achamos que é mais um tempo e a nossa vida vai mudar e ela não muda? Quando vemos as pessoas que gostamos a não dar o devido valor ao que têm, a não nos proteger de agressões que não deviam existir... Simplesmente, não olham para nós! Não se dão conta dos nossos gestos, das nossas palavras, de todo o sacrifício que fazemos a favor do respeito e do sentimento em prole de uma vida equilibrada e merecida.
É verdade, quando damos demais de nós acabamos por nos prejudicar e não receber aquilo que queremos, aquilo a que temos direito. E ao invés disso, pedem-te ainda mais achando que consegues. Olham-te, já não com um "obrigado por fazeres isto" mas com olhos de quem te diz que agora "não vês que tens que fazer?".

Há momentos, certos momentos, que nos marcam, que nos rasgam de forma que não conseguimos remendar sem deixar cicatriz.

Será que vale a pena levar com a fúria do mar quando o nosso lugar seria na areia, são e salvo?

Conceição Martins in Mãe à Força

2 comentários:

icas disse...

Há dois tipos de pessoas: aos que dão e as que recebem. Com toda a certeza que és das que dão. naturalmente nunca te darão o que merecias receber, e aí em certos momentos existe um coração quebrado, rasgado pela dor do não-reconhecimento. Enfim... Poderias sentar-te na areia, sã e salva, mas será que o teu coração estaria na areia ou apenas o teu corpo? Na volta o teu coração estaria entraria pelo mar adentro, porque por muito que nos custe nunca conseguimos fugir à nossa essência :) beijinho

mitro disse...

Por isso precisamos de nos reinventar, para que nunca nos tomem como certos!