quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Um Mar de Emoções




E eis que no meio do nada que se constituiu a vida, surge a flor, a semente que vai fazer com que comeces a correr sem saber para onde... Acordas de manhã a sorrir, e olhas ao espelho concretizando essa vontade ali mesmo. Quando dás conta, já cantas no meio da rua, baixinho para que todos ouçam mas ninguém entenda que o que estás a cantar é a melodia que vive no teu coração.
Trauteias frases, palavras que pensavas não existirem jamais no teu vocabulário, e usa-as com a sabedoria que acordou contigo, sabes lá como. Sentes constantemente um raio que te atravessa o peito, quando tal razão te fala. Conversa contigo calmamente, com uma voz suave e meiga, de quem sente a tua falta, mesmo estando perto de ti. Basta desviares o olhar. A mão eleva-se e faz retomar a tua face de novo em direcção à sua...
Os segundos parecem bater forte em cada pulsação do teu corpo, fazendo passar o tempo sobre ti como se fosse o mundo a desmoronar.
Talvez seja assim, que se tente definir as transformações que um sentimento tem em nós. Damo-nos conta que alteramos a nossa rotina, em função do nosso querer e da nossa vontade. A saudade é algo invocado que aperta e te tira o ar, como se te quisesse matar. Simultaneamente, quando estas perante tal presença, o entusiasmo provoca-te um descontrolo das emoções. Queres abraçar, tocar, sentir, ver, apreciar...
Tudo isto faz parte das nossas vibrações. Quando gosto de algo, esse só durará se me fizer vibrar verdadeiramente. Se sentir dentro de mim o extremo de um sorriso, a incontornável reacção de uma surpresa.
O instinto e a razão lado a lado sem disputarem um prémio que não vai surgir. Para estes estarem assim, um tesouro muito valioso entrou na tua vida. E já existe em ti...
Respiras com proximidade, e o simples gesto de suspirar faz-te vibrar. O abraçar torna-se uma constante de desejo, mergulhas num mar de sensações. Tens de lutar para nunca te afogares.
Não consigo explicar...

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