quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Tentação: pela razão ou pelo instinto?




A facilidade com que as coisas se apresentam a nos sao-nos aparentemente tentadoras, mas ao mesmo tempo, o sabor que nos provoca na mente nao seria nem sera o mesmo que quando algo conquistado atraves de dificuldades, que nos provocam e nos fazem renascer as forcas para enfrenta-las, faz o nosso sentir mais forte.
Por vezes, a prudencia nao magoa, acarinha e protege... A razao nao entristece, chama ao Mundo o mais belos dos sorrisos. Sorriso esse que vem da verdade e da consciencia e que deve tender a acompanhar sempre o sorriso vindo da alma. A razao aparenta uma brutalidade que pode ferir os mais ignorantes por desconhecerem que apenas ela transporta a sinceridade pura que nos leva a momentos de extrema felicidade... O caminho por ela tomado, engana, por nao ser facil mas de decisoes reflectidas.
Por isso, o equilibrio faz de nos lutadores para o encontrar e para o conseguir manter. O pensamento que tanto ri e o coracao que tanto chora, constroem um grande abraco, quando encarados como algo que nao deve ser tomado como exagerado. O limite de cada um tera como objectivo fazer com que o verdadeiro caminho nao se desvie nunca para o mais facil. Mas sim, deve encaminhar-se para o que achamos merecedores e que nos provoque mais que o corpo... a mente.
Nem sempre o que nos fascina é fascinado pelo provavel brilho que recebe do nosso olhar. E cabe a cada um chamar ao raciocinio uma causa brilhante para ceder a esse fascinio. Mas podemos sempre iluminar com o mesmo brilho razoes que apenas precisam de um "click" para se fazerem ver e nao, aparentemente, apenas funcionar.
O silencio faz de mim alguem que pensa com a razao ao lado. Nem tudo o que exprimo tera de ser interpretado como algo instintivo e meramente sentido. Imensos sao os momentos em que a minha consciencia para e pensa em tudo o que sabe e em tudo o que constantemente apreende... Mas o nosso cerne nao consegue ser alterado, nao conseguimos mexer na origem de nos. Passo a olhar e a gostar do que vejo, mas simplesmente pensar que é um gosto como outros tantos. Mas a vibracao que se espera ao contacto visual, se desaparecida, também o encanto de olhar se extingue. E questiono um dos nossos sentidos essenciais...
Nao deixo de olhar, de provocar, de querer e de gostar... Mas sempre consciente de que a verdade está nos olhos de quem reflecte o nosso fascinio, ou seja, quem é "vitima" do nosso olhar, e nao podera nunca significar o contrário do que racionalmente pensamos e sabemos interpretar.
Sabendo que, muito ou pouco, a obtencao de algo magnifico esta longe, o meu limite exige que diga, para nunca o ultrapassar. E como tal, sendo fiel ao meu cerne, mas acompanhando sempre aquele andar e aquela vontade, sendo "vitima" de uma fatal mas saborosa dúvida, eu disse... Mas so me fara repetir em uma altura considerada por mim, distante, talvez... E qual sera a diferenca entre a distancia, conceito meu, e a distancia, conceito teu?

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