Pega-se em metade do oceano
E juntam-se-lhe terras desconhecidas;
Deixa-se marinar alguns anos
E tapa-se com um manto de neblina.
Lavam-se as saudades em lágrimas
E põe-se a memória em banho-maria
Para voltar a usar um dia.
À parte coloca-se o fado bem apurado,
O futebol bem jogado
E um ou outro pregão das entranhas gritado;
Desfaz-se a língua em poemas, odes e cantigas
Ou então canta-se a desgarrada, rima improvisada .
Numa grande forma de barro escalda-se o Algarve e o Alentejo
Salgam-se as beiras e desfaz-se em água o Douro e o Ribatejo.
Para terminar, abanam-se as oliveiras com sabedoria ancestral,
Rega-se tudo com um fio dourado
E serve-se assim Portugal como prato principal!
2 comentários:
bela receita, sim senhora.
pena é não ser assim sempre servida.
beijos.
Há um selo da cLeopatra Para ti.
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